O secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, abordou nesta quinta-feira (16) as controvérsias geradas nas redes sociais nos últimos meses sobre as simbologias associadas a facções criminosas no estado. Em entrevista o chefe da SSP-BA foi enfático ao declarar que não dará visibilidade a esses grupos, reforçando seu compromisso com o combate à criminalidade de forma incisiva.
"Não faço propaganda para facção nenhuma", afirmou Werner, destacando a realidade desafiadora enfrentada pela segurança pública da Bahia, que, segundo ele, passa por um constante enfrentamento diário contra as organizações criminosas. O secretário ressaltou que, apesar das dificuldades, a SSP-BA continuará seu trabalho sem fazer qualquer referência ou concessão aos símbolos e ideologias dessas facções. "Não vou fazer alusão a simpatias e simbologia. Não vou dar espaço para nenhum tipo de ditame de facção", disse, deixando claro que a prioridade é o combate direto ao crime organizado.
Além disso, Werner fez uma reflexão sobre a necessidade de uma mudança mais ampla para enfrentar esse tipo de ameaça, mencionando que, apesar dos esforços constantes da segurança pública, o cenário exige mais do que simples ações de combate. "Sabemos que é um contexto maior e que precisa inclusive da mudança legislativa", afirmou, sugerindo que a legislação vigente, especialmente o Código Penal, está defasada frente aos desafios atuais da segurança pública. Ele destacou que a legislação precisa ser mais adequada à realidade do enfrentamento ao crime organizado, já que a legislação atual ainda não responde adequadamente às complexas dinâmicas do crime.
Com isso, o secretário de Segurança Pública reforçou que sua atuação, juntamente com as forças de segurança, não dará trégua na luta contra as facções criminosas, mas também reconheceu que a situação exige um esforço coletivo que envolve, além das autoridades policiais, mudanças no quadro jurídico do país.