Por Caio Spechoto e Sofia Aguiar, do Estadão Conteúdo
BRASÍLIA – O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, questionou nesta quinta-feira (14) a tese de o homem que atirou bombas na Praça dos Três Poderes na noite de quarta-feira (13) ter se suicidado. Segundo Pimenta, as imagens indicam que ele morreu por acidente. “Por que seria suicídio?”, disse o ministro.
“Não trato como caso isolado”, disse Pimenta sobre o ocorrido. Ele afirma que isso foi fruto de um clima de “intolerância e ódio”. Também disse que o homem das bombas, Francisco Wanderley Luiz, era parte do movimento que pedia um golpe para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. “Esse camarada estava na frente dos quartéis”, disse Pimenta.
O sistema de câmeras do STF (Supremo Tribunal Federal), prédio mais próximo das explosões, mostra o homem lançando artefatos e depois se deitando sobre outro, que explodiu sob sua cabeça. Paulo Pimenta também afirmou que os protocolos do G20 estão mantidos, e que não haverá alterações no planejamento por causa das explosões.
O ministro ainda pregou contra o projeto de anistia dos presos pelo 8 de janeiro apoiado por bolsonaristas no Congresso. “Eu acho que não existe anistia de um processo que não está concluso”, declarou. Ele afirmou ainda que as explosões de quarta-feira precisam ser investigadas e que não pode haver impunidade.
É pouco provável que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dê declarações sobre o assunto, ao menos por conta própria. Ele poderá eventualmente falar sobre o tema se perguntado por jornalistas.