N a quarta-feira, dia 12, foi a data de celebrar a vida de uma mulher que completou 100 anos, um marco que representa não apenas a passagem do tempo, mas também a riqueza de experiências, sabedoria e histórias que ela carrega. Estamos falando da nonna Niza, Leonízia Munaretto Salvador. Ela, que desde a infância enfrentou um mundo em constante mudança, desafios e triunfos. Sua jornada é uma verdadeira inspiração.
Pecado morrer
Nascida em um período onde as convenções sociais eram bem diferentes e as oportunidades limitadas para mulheres, ela viu o mundo se transformar radicalmente – desde guerras e revoluções até inovações tecnológicas que mudaram a forma como vivemos. Tanto que ela afirma: “Hoje é um pecado morrer, porque hoje nós temos tudo e antigamente nós não tínhamos nada mesmo”, afirma nonna Niza.
Leonízia é viúva de Domingos Salvador, com quem foi casada por 56 anos e teve quatro filhas: Maria Inez, Glória de Fátima, Maria e Edite (in memorian). Natural de Içara, mudou-se para Criciúma quando se casou aos 22 anos. O marido era caminhoneiro e ela trabalha em casa, cuidava das filhas e criava animais (vaca, porco, galinha) e vendia leite. “Eu vivia muito sozinha com as minhas filhas, porque meu marido viajava e passava muito tempo fora, às vezes até um mês. Ele levava as picaretas dentro do caminhão para abrir as estradas e quando chegava em casa, a Maria, nossa mais velha, não reconhecia, ele ficava um pouco triste, mas depois passava e as brincadeiras voltavam ao normal”, lembra a nonna.
Sonho
Ela também conta que o marido tinha o sonho de ter um menino para dar o nome de Juscelino em homenagem a Juscelino Kubitschek. “Mas a cada filha que nascia, o sonho já não importava, e ele gostava cada vez mais, e amou essas meninas com todas as forças”, declarou emocionada.
A vovó centenária, especialmente lúcida, lembra que muito foi trabalhado até conseguirem a casa própria, nas proximidades do Hospital São João Batista. “Quando trabalhava na roça plantávamos e colhíamos legumes, banana, entre outras coisas para vender. Com muito esforço conseguimos comprar uma casinha; depois ele comprou o caminhão e esse foi um dos sonhos que vivemos juntos”, ressalta.
Mais do que suas conquistas pessoais, o legado está nas lições que ela compartilhou com as gerações mais jovens. Sua resiliência diante das adversidades, seu amor pela família e amigos, e seu compromisso em fazer a diferença na comunidade merecem ser celebrados. Os netos, Domingos, Karline e Isabelle falam do orgulho e do privilégio de ainda ter a avó por perto, compartilhando lições.
“Sinto muito orgulho de ter nossa nonna conosco, forte, lúcida e com muita sabedoria para nos guiar nas escolhas de nossa vida. É através dela que sei de um passado tão remoto, quando em Içara e Criciúma havia raras casas e famílias. Dela ouvi muitas histórias, do tempo que levavam muitas horas para chegar ao Balneário Rincão com sua família, de carro de boi. Da dificuldade de ultrapassar as dunas, numa época que era tudo preservado. Da primeira cesareana no Hospital São José, que foi dela! Do acordar muito cedo para trabalhar na lida com as vacas e na horta caseira, porque trabalhar era acima de tudo prazeroso”, relatou Karline Salvador Grando. “Me sinto extremamente privilegiada de ter uma avó com 100 anos e principalmente por ela ser tão lúcida e tão bem de saúde. Nossa relação é muito boa, rodeada de amor, carinho, preocupação e dentre todos os exemplos que ela me passa, acredito que a fé em Deus é o principal, por isso sempre faço minhas orações e vou à missa”, emendou Isabelle.
Karline também ressalta os ensinamentos da grande matriarca. “A nonna é a mãe maior, nossa matriarca, que através de seu exemplo nos ensina quais devem ser as prioridades da nossa vida: a família e a fé em Deus. E sobre a fé, sempre vi a nonna com um terço na mão, rezando diariamente. Católica fervorosa, vê diversas missas ao dia e sabe tudo o que se passa em nossa igreja. Reza por todos nós e fica chateada se não avisamos quando alguém ficou doente, pois não pôde colocar nas intenções de suas orações. Além disso, apesar das dificuldades e dores que teve na vida, a fé foi o consolo em suas tempestades, e a verdadeira alegria para o seu coração. Hoje tento seguir um pouco do que a nonna nos ensinou, cultivando a fé também em nossa casa. Ela sempre teve um grande coração amoroso com os netos, bisnetos e com todos de quem dela se aproximou! Por seu jeito de ser, tão amável, que ela é admirada por tanta gente, que se orgulha neste dia tão feliz, seu centenário!”, assinalou a neta.
N a quarta-feira, dia 12, foi a data de celebrar a vida de uma mulher que completou 100 anos, um marco que representa não apenas a passagem do tempo, mas também a riqueza de experiências, sabedoria e histórias que ela carrega. Estamos falando da nonna Niza, Leonízia Munaretto Salvador. Ela, que desde a infância enfrentou um mundo em constante mudança, desafios e triunfos. Sua jornada é uma verdadeira inspiração.
Pecado morrer
Nascida em um período onde as convenções sociais eram bem diferentes e as oportunidades limitadas para mulheres, ela viu o mundo se transformar radicalmente – desde guerras e revoluções até inovações tecnológicas que mudaram a forma como vivemos. Tanto que ela afirma: “Hoje é um pecado morrer, porque hoje nós temos tudo e antigamente nós não tínhamos nada mesmo”, afirma nonna Niza.
Leonízia é viúva de Domingos Salvador, com quem foi casada por 56 anos e teve quatro filhas: Maria Inez, Glória de Fátima, Maria e Edite (in memorian). Natural de Içara, mudou-se para Criciúma quando se casou aos 22 anos. O marido era caminhoneiro e ela trabalha em casa, cuidava das filhas e criava animais (vaca, porco, galinha) e vendia leite. “Eu vivia muito sozinha com as minhas filhas, porque meu marido viajava e passava muito tempo fora, às vezes até um mês. Ele levava as picaretas dentro do caminhão para abrir as estradas e quando chegava em casa, a Maria, nossa mais velha, não reconhecia, ele ficava um pouco triste, mas depois passava e as brincadeiras voltavam ao normal”, lembra a nonna.
Sonho
Ela também conta que o marido tinha o sonho de ter um menino para dar o nome de Juscelino em homenagem a Juscelino Kubitschek. “Mas a cada filha que nascia, o sonho já não importava, e ele gostava cada vez mais, e amou essas meninas com todas as forças”, declarou emocionada.
A vovó centenária, especialmente lúcida, lembra que muito foi trabalhado até conseguirem a casa própria, nas proximidades do Hospital São João Batista. “Quando trabalhava na roça plantávamos e colhíamos legumes, banana, entre outras coisas para vender. Com muito esforço conseguimos comprar uma casinha; depois ele comprou o caminhão e esse foi um dos sonhos que vivemos juntos”, ressalta.
Mais do que suas conquistas pessoais, o legado está nas lições que ela compartilhou com as gerações mais jovens. Sua resiliência diante das adversidades, seu amor pela família e amigos, e seu compromisso em fazer a diferença na comunidade merecem ser celebrados. Os netos, Domingos, Karline e Isabelle falam do orgulho e do privilégio de ainda ter a avó por perto, compartilhando lições.
“Sinto muito orgulho de ter nossa nonna conosco, forte, lúcida e com muita sabedoria para nos guiar nas escolhas de nossa vida. É através dela que sei de um passado tão remoto, quando em Içara e Criciúma havia raras casas e famílias. Dela ouvi muitas histórias, do tempo que levavam muitas horas para chegar ao Balneário Rincão com sua família, de carro de boi. Da dificuldade de ultrapassar as dunas, numa época que era tudo preservado. Da primeira cesareana no Hospital São José, que foi dela! Do acordar muito cedo para trabalhar na lida com as vacas e na horta caseira, porque trabalhar era acima de tudo prazeroso”, relatou Karline Salvador Grando. “Me sinto extremamente privilegiada de ter uma avó com 100 anos e principalmente por ela ser tão lúcida e tão bem de saúde. Nossa relação é muito boa, rodeada de amor, carinho, preocupação e dentre todos os exemplos que ela me passa, acredito que a fé em Deus é o principal, por isso sempre faço minhas orações e vou à missa”, emendou Isabelle.
Karline também ressalta os ensinamentos da grande matriarca. “A nonna é a mãe maior, nossa matriarca, que através de seu exemplo nos ensina quais devem ser as prioridades da nossa vida: a família e a fé em Deus. E sobre a fé, sempre vi a nonna com um terço na mão, rezando diariamente. Católica fervorosa, vê diversas missas ao dia e sabe tudo o que se passa em nossa igreja. Reza por todos nós e fica chateada se não avisamos quando alguém ficou doente, pois não pôde colocar nas intenções de suas orações. Além disso, apesar das dificuldades e dores que teve na vida, a fé foi o consolo em suas tempestades, e a verdadeira alegria para o seu coração. Hoje tento seguir um pouco do que a nonna nos ensinou, cultivando a fé também em nossa casa. Ela sempre teve um grande coração amoroso com os netos, bisnetos e com todos de quem dela se aproximou! Por seu jeito de ser, tão amável, que ela é admirada por tanta gente, que se orgulha neste dia tão feliz, seu centenário!”, assinalou a neta.