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Em disputa comercial com os EUA, China investe em Corredor Bioceânico que ligará Brasil ao Pacífico

Projeto de infraestrutura promete conectar o Atlântico ao Pacífico, cortando Brasil, Argentina, Paraguai e Chile

Publicada em 21/04/25 às 07:33h - 32 visualizações

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Em meio a crescentes tensões comerciais com os Estados Unidos, a China intensifica sua presença estratégica na América do Sul ao retomar com as negociações para a construção do Corredor Bioceânico, um projeto de infraestrutura que pretende conectar o Oceano Atlântico ao Pacífico. A nova rota cortará Argentina, Brasil, Paraguai e Chile — e deverá incluir também uma conexão ferroviária Brasil-Peru — criando um novo eixo logístico para escoamento de commodities agrícolas e minerais, ao mesmo tempo em que reduz os custos e o tempo de transporte entre o continente sul-americano e o mercado asiático.

Recentemente, uma comitiva chinesa desembarcou no Brasil com o objetivo de avaliar a viabilidade técnica do projeto e reforçar parcerias estratégicas já firmadas entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping. O encontro ocorre em um momento-chave: Lula deve visitar a China em maio, durante a cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), o que reforça o peso político e comercial das tratativas.

No centro do plano está a Ferrovia de Integração Leste-Oeste (Fiol), cuja Malha I, entre Caetité e Ilhéus, na Bahia, já conta com mais de 500 quilômetros construídos. A integração com o Porto Sul, também na Bahia, irá consolidar a saída atlântica do corredor. Do lado oposto, o destino final seria o Porto de Chancay, no Peru, localizado a cerca de 80 quilômetros de Lima.

Segundo o secretário Nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, “a ideia é implantar um corredor ferroviário estruturante para transporte de carga no Brasil – de leste a oeste, passando por Bahia, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre. Toda a carga produzida na área central do país seria escoada por essa infraestrutura ferroviária, até chegar ao Porto de Chancay”.

Ainda de acordo com Ribeiro, o projeto prevê uma extensão de 2,7 mil quilômetros de ferrovia, interligando a Fiol à Fico (Ferrovia de Integração do Centro-Oeste) e, futuramente, à Ferrovia Norte-Sul. Com isso, toda a produção de grãos, minérios e outros insumos do centro do país poderá ser escoada até o Pacífico, reduzindo em até 10 dias o tempo necessário para que os produtos brasileiros cheguem à Ásia.

A movimentação da China no Brasil coincide com o avanço de sua agenda de investimentos em infraestrutura em toda a América do Sul. A visita dos técnicos chineses incluiu paradas estratégicas em Mara Rosa (GO), onde está o entroncamento entre a Fico-Fiol e a Ferrovia Norte-Sul, além de passagens pelo Porto de Santos (SP), um dos principais pontos logísticos do país. A agenda também contemplou reuniões em Brasília, na Casa Civil, com representantes do Ministério dos Transportes e do Ministério do Planejamento.

Para o governo brasileiro, o Corredor Bioceânico é uma das prioridades do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que aposta na retomada de grandes obras como vetor de desenvolvimento e integração regional. O projeto é considerado estruturante para a logística nacional e estratégico para ampliar a competitividade do país no cenário global.

O secretário Especial do Programa de Parcerias de Investimentos da Casa Civil, Marcus Cavalcanti, enfatizou a importância da ferrovia para o agronegócio e o setor mineral brasileiro. “O Brasil exporta 350 bilhões de dólares todos os anos e mais de um terço desse valor se destina à China. Do que nós exportamos para os chineses, 60% é minério de ferro e soja, que precisam ser escoados por meio de ferrovias. É muito mais eficiente, não só do ponto de vista econômico, mas também do ponto de vista ambiental.”

Além dos impactos positivos esperados na redução de emissões e na eficiência energética do transporte ferroviário, o projeto traz à tona a disputa geopolítica pela influência no continente. A decisão do Panamá de se retirar da Iniciativa do Cinturão e Rota (também conhecida como Nova Rota da Seda), supostamente pressionado pelos Estados Unidos, mostra como Washington ainda busca conter a crescente influência chinesa sobre pontos estratégicos, como o Canal do Panamá.

Nesse contexto, a China aposta em alternativas como o Corredor Bioceânico para manter sua conexão com os mercados latino-americanos, mesmo que isso implique pesados investimentos em novas rotas de transporte. O canal de Chancay, por exemplo, está sendo modernizado com capital chinês, e pode se tornar um hub logístico de alto valor para o comércio do Pacífico Sul.

Segundo Leonardo Ribeiro, “o projeto, que conta com boa parte da infraestrutura já construída pelo governo brasileiro, busca escoar a produção de grãos e minérios do Mato Grosso, Goiás e Bahia para os portos do Atlântico. A partir de Lucas do Rio Verde (MT), será possível construir a ferrovia em direção ao Pacífico, para transportar carga até o porto de Chancay no Peru”.

A iniciativa chinesa de estabelecer um corredor ferroviário Brasil-Peru surge como alternativa direta às tradicionais rotas de navegação do Atlântico, permitindo aos produtores brasileiros acesso mais rápido e barato ao mercado asiático. Isso representa uma potencial revolução para o setor logístico do país, com reflexos positivos na balança comercial, no custo do frete e na competitividade global do agronegócio brasileiro.

Para a China, o corredor representa uma expansão relevante de sua influência comercial e diplomática, especialmente em um momento de reestruturação da ordem econômica global, em que o país asiático tenta reduzir sua dependência de rotas vulneráveis ao controle ocidental — como o Canal do Panamá, cuja operação tem sido alvo de disputas políticas.

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